Sem acordo na OMC: juntos chegaremos lá

Fazendeiros brasileiros e os operários americanos foram os mais prejudicados pelo fracasso da busca de um consenso em Cancun, segundo o balanço publicado na BBC.

Os Estados Unidos e a União Européia culparam o "G-21 plus" (a Indonésia aderiu ao bloco) pelo impasse. De acordo com o Zoellick (o vice do vice do vice), os países em desenvolvimento estavam mais preocupados com a retórica do que com as negociações. Além disso, o representante americano afirmou que as posições defendidas pelo Brasil, India e China prejudicam os países em desenvolvimento mais pobres. O comissário para agricultura da União Européia disse que os ricos são flexíveis, mas há limites. Veja Guardian.

"The G21 has shown no ambition at all. We have shown flexibility, we are showing flexibility and we will show flexibility but there are limits," said Franz Fischler, Europe's agriculture commissioner. "Without flexibility on their side, the talks will go nowhere."

Já o nosso lado terminou a reunião comemorando o fato de o grupo ter permanecido unido com uma posição pragmática sem conflitos ideológicos. Ouça o Celso Amorim, o Zoellick e outros comentários no Democracy Now! de hj.

Não sei quantos tinham uma expectativa muito otimisita por aqui. Jogamos duro, não ganhamos, mas mostramos que não estamos mais brincando. O Zoellick tem razão: é mais fácil falar do que negociar. Na prática, por enquanto, como disse o Pascal Lamy, todos perdemos. Entretanto, foi aberto o precedente para discutir com mais seriedade os interesses dos países em desenvolvimento. Como disse o Roberto Rodrigues: melhor nenhum acordo do que um acordo ruim (veja BBC Brasil).

O impasse deve causar um atraso de 2 anos no cronograma da OMC. A próxima reunião de ministros de países membros da OMC deve acontecer no primeiro semestre do ano que vêm, provavemente em Hong Kong.

Veja tb: La Reforma, New York Times, The Age, Washington Post, Christian Science Monitor e Financial Times.

IMHO, foi bacana. Mostramos uma posição firme. Dissemos para os ricos que não queremos mais migalhas: buscamos justiça. Os assuntos de nosso interesse dominaram as conversas e tudo foi feito com uma transparência maior que a habitual. A maior preocupação agora é não deixar a OMC morrer para não ficarmos dependentes apenas de negociações bilaterais. A união faz a força. Venceremos.

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