Brasil lucraria com o fim do trabalho infantil
Não é apenas uma questão moral e ética. Segundo este estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o fim do trabalho infantil traz benefícios econômicos para o país no longo prazo.
De acordo com as projeções econômicas montadas pela OIT, na média mundial a relação entre os benefícios e os custos de combater é de 6,7 para 1.
No Brasil, a relação seria 10 para 1. Foram levados em considereção os custos para compensar as famílias das crianças pela renda perdida, melhorar a rede de escolas e as financiar campanhas e políticas de combate ao trabalho infantil.
No mundo, 246 milhões de crianças trabalham. Dessas 179 milhões executam tarefas que põe em perigo a integridade física, mental ou moral, segundo a OIT. Por aqui caminhamos aos poucos...
Mas há algumas coisas que todo mundo pode fazer, como dar preferência aos produtos com o selo da Abrinq.
Preste atenção, por exemplo, no pacote de açúcar na próxima vez que for ao supermercado.
A União que domina o mercado não tem o selo, apesar dele aparecer nos produtos de várias usinas menores.
Não dá para dispensar esses recursos do capitalismo para melhorar nossa sociedade.
Se contarmos apenas com a lei e a fiscalização do governo, as crianças brasileiras vão continuar cortando cana por muitos anos...
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Comentários
Covarde Anônimo (não verificado)
dom, 25/07/2004 - 18:20
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Sabe onde é mais grave a exploração da criança? No trabalho doméstico. Sei de casos de meninas de 12, 13 anos que trabalham como "babá", ou outros tipos de serviços domésticos em casas de pessoas ricas, que cometem as maiores crueldades com essas meninas; impede-as muitas vezes de irem à aula, como castigo por algo que tenha desagradado a patroa,tranca-as para não saírem, e até espancam...E o que mais me choca é que a sociedade tolera esse tipo situação, alguns acham até normal e "muito bom" essas meninas "trabalharem em casa de família", pois assim "têm o que comer", "não ficam nas ruas", "não entram em encrenca"...são essas as opções para nossas crianças menos favorecidas? E sua infância, como fica? Suas expectativas para o futuro, quais seriam? Ou isso não tem importância, quando a criança é pobre?
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