Stephen Kanitz

neomarkets:

As ONGs são mais eficientes que o Estado na promoção do bem-estar dos cidadãos e na busca por justiça social? O terceiro setor pode substituir as funções sociais do Estado?

Kanitz: O Terceiro Setor ainda tem um longo caminho a percorrer no Brasil. Nos últimos anos este tem sido um assunto bastante discutido em universidades, fóruns políticos e imprensa. O problema das entidades brasileiras não é falta de eficiência: é falta de recursos. Para se ter uma idéia, as 400 maiores entidades americanas recebem por ano R$ 94 bilhões em donativos, ao passo que as 400 maiores brasileiras recebem R$ 1,7 bilhões.
O Terceiro Setor se torna ainda mais relevante com a questão do desemprego. Estimativas da John Hopkins University indicam que, no Brasil, 340 mil empregos foram criados entre 1991 e 1995, um aumento de 44%.
A crise do Estado torna evidente a importância dos serviços sociais à população carente prestados por este setor. Certamente a situação social do país seria muito pior se não fossem essas entidades. É preciso que a população civil perceba que também tem um papel no desenvolvimento social do país. Não basta esperar que o governo faça, é necessário ajudar, seja através de doações, seja através do trabalho voluntário.

neomarkets:

Qual é o balanço do projeto bem-eficiente?

Kanitz: : As entidades que ganharam em 1997 e 2000 redobraram sua busca por eficiência e produtividade, crescendo em média 23%. Não somente aumentaram sua eficiência, mas também suas receitas de donativos eventuais aumentaram 600% e suas receitas totais aumentaram 128%, comprovando o valor da exposição que o Prêmio Bem Eficiente oferece aos seus ganhadores. Traduzidos em valor, esses ganhos representam R$ 16 milhões de donativos adicionais por ano. Além disso, o número de voluntários das entidades vencedoras aumentou em 37%, o patrimõnio cresceu 100% e o dispêndio médio por beneficiado aumentou em 46%, o que significa um aumento na qualidade dos serviços prestados pelas entidades.

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