Click & Mortar

A abundância de recursos financeiros que existia até o começo de deste ano e trouxe a possibilidade de experimentar e arrumar compradores para modelos de negócios talvez ousados demais já não existe. Mas o espaço para a criatividade e inovação não acabou. Na nova economia, como em toda revolução, algumas idéias serão vitoriosas e outras fracassarão estrondosamente.
Neste momento de cautela, uma tendência que está recebendo cada vez mais destaque nas revistas especializadas é o "click and mortar". O novo termo define as empresas do mundo real com presença na Internet. Click lembra os cliques necessários para realizar um negócio eletrõnico e mortar é uma referência a expressão "bricks and mortar" (tijolos e argamassa) usada para definir empresas do mundo real.
Apesar de não ter tanto charme e ousadia de idéias como a do Super11, do Boo.com (ver neonews 26/05/2000), ninguém nega que as empresas tradicionais podem aumentar a eficiência e lucratividade com a ajuda da Internet.
Além de desfazer barreiras geográficas e criar novas relações com clientes, a Internet torna vários processos mais eficientes ao tornar mais acessíveis tecnologias e recursos antes disponíveis apenas para as grandes empresas . O Federal reserve, o banco central americano, divulgou um estudo provando que a evolução dos negócios entre empresas com a ajuda da Internet e sistemas como o neocotações vão gerar uma queda nos preços, uma alta na produtividade e uma redução nos custos de trabalho. O Boston Consulting Group avalia os ganhos em 9% no próximos 5 anos. A Goldman & Sachs acredita que os custos gerais das empresas podem cair em até 12,5%.
Portanto, a era do dinheiro fácil na Internet estar acabando, o espaço para novas idéias que gerem valor ou diminuam custos está longe de acabar.