Fim do Finasa/Osasco, imprensa, marketing, Globo e o patrocínio esportivo

Fiquei sabendo no Globo Esporte que um dos mais importantes times de vôlei deste país, onde jogavam 4 jogadoras da seleção brasileira que trouxe a medalha de ouro de Pequim e vice-campeã da superliga feminina, acabou (veja estadao).

O apresentador colocou uma faixa preta insinuando luto pela morte do time do "Osasco", destacou os 20 anos de história do "Osasco" e mostraram o release do "patrocinador" justificando o fim da equipe.

Não acompanho vôlei e tenho um certo asco pela maioria das formas de marketing.

Muitos jornalistas podem ser desprovidos de caráter. Mas, pelo menos, não há uma questão ética intríseca à profissão.

Na teoria, todo jornalista (gente que trabalha em redação) serve ao público e todo marqueteiro tem obrigação apenas de satisfazer os interesses de quem estiver pagando... Seja o dono da fábrica de sabão que lava mais branco ou o político salvador dos pobres.

Obviamente, nos meios de comunicação dependentes de verbas publicitárias há alguma influência do departamento comercial no resultado do trabalho da redação.

Entretanto, se essa pressão for perceptível, o jornal/revista/emissora/site perde a confiança do público e o resultado vai aparecer no balanço da empresa.

Um das formas de marketing que não me irritam muito é o patrocínio esportivo.

O ideal do esporte amador alardeado pelo Barão de Cubertain no começo do século passado é elitista.

Sem a profissionalização, apenas os ricos que não precisam de um salário no final do mês teriam tempo suficiente para treinar e atingir os limites do corpo humano.

A alternativa ao patrocínio privado são as verbas públicas que o governo poderia estar gastando em "arroz, feijão, saúde e educação".

Como o esporte não tem ideologia, não importa de onde vem o dinheiro. A grana será sempre aplicada com o objetivo de melhorar o desempenho dos atletas, independentemente da atividade da empresa patrocinadora.

Para o modelo do patrocínio privado funcionar com eficiência, a empresa precisa receber a simpatia dos torcedores e exposição na mídia em troca do dinheiro investido

Por algum motivo, o jornalismo da empresa de comunicação que recebe grande parte das verbas publicitárias do Brasil se recusa a usar o nome das empresas patrocinadoras.

Assim, o Globo Esporte simulou um luto pela morte da equipe do "Osasco"... Segundo o resto da imprensa e torcida, o time que fechou foi o Osasco/Finasa (antes chamado de BCN, o nome que eu lembrava).

Talvez, se a Globo usasse o nome oficial durante a cobertura como faz o resto da imprensa, o Bradesco teria pensado duas vezes antes de acabar com o time.

Comente

Filtered HTML

  • Quebras de linhas e parágrafos são feitos automaticamente.
  • Tags HTML permitidas: <a> <b> <dd> <dl> <dt> <i> <li> <ol> <u> <ul> <br> <p>

Plain text

  • No HTML tags allowed.
  • Endereços de páginas de internet e emails viram links automaticamente.
  • Quebras de linhas e parágrafos são feitos automaticamente.

Atenção:

Não há censura de opinião nos comentários, mas o vc é o responsável pelo que escrever. Ou seja, aqui vale o Yoyow (You Own Your Own Words).

Lembre-se: Opinião é diferente de informação.

Informações sem fonte ou que não puderem ser checadas facilmente podem ser deletadas.

Serão apagadas sem dó mensagens publicitárias fora de contexto, spam usado para melhorar a posição de sites e outras iniciativas de marqueteiros pouco éticos.

Respeite as regras básicas Netiqueta.

Grosserias desacompanhadas de conteúdo, coisas off-topic e exagero nas gírias ou leet que dificultem o entendimento de não-iniciados tb não serão toleradas aqui.

Vou apagar sumariamente todos os comentários escritos inteiramente CAIXA ALTA, mensagens repetidas e textos que atrapalhem a diagramação do site.

Além de prejudicar, a leitura é falta de educação.

Não publique tb números de telefone, pois não tenho como checá-los. As mensagens com números de telefone serão apagadas inteiras.

Obviamente, qq conteúdo ilegal tb será deletado sem discussão.

Evite também mensagens do tipo "me too" (textos apenas concordando com o post anterior sem acrescentar algo à discussão).

Clique aqui para ver algumas dicas sobre como escrever um texto claro, objetivo e persuasivo.

Todas os comentários são considerados lançados sobre a licença da Creative Commons.

Se você não quer que seu texto esteja sob estes termos, então não os envie.



br101.org by br101.org is licensed under a Creative Commons Attribution-Share Alike 2.5 Brazil License.

Nenhum produto M$ foi usado na construção destas páginas.
Este site usa Drupal (Apache, PhP e MySql).

Se vc quiser tentar aprender a fazer um site igual a este usando softwares livres, vá até o weblivre.br101.org e leia:

Como fazer um website de verdade?