Tendências
Como já discutimos em edições anteriores, a Internet vai continuar crescendo. E o Brasil, apesar da lamentável distribuição de renda, continuará ganhando cada vez mais destaque no mundo virtual. A Rede continua sendo um meio de comunicação capaz de fornecer informações para um grande número de pessoas rapidamente com um custo extremamente baixo.
Hoje já temos uma população conectada estimada em 14 milhões de usuários, de acordo com o Ibope/NetRatings. Já somos maiores que países considerados desenvolvidos como a França, por exemplo. Além disso, passamos em média 7 horas e 12 minutos por mês on-line. O segundo maior índice do mundo.
Neste ano, empresas de todos os tamanhos vão considerar a aquisição de conexões de banda larga (ver neonews 21/07/2000). A vantagem do acesso por meio de linhas dedicadas não é apenas a maior velocidade de navegação. Uma empresa conectada 24 horas por dia pode usar terceirizados no sistema de ASP (ver neonews 23/06/2000). A manutenção dos computadores, sistemas de fluxo de caixa e controle de estoques, por exemplo, poderão ser feitos por empresas especializadas através da Internet com custos muito mais baixos e sem muito esforço.
Em 2001, pela primeira vez o número de celulares deve ultrapassar o de computadores pessoais, com 600 milhões de aparelhos em operação em todo o mundo. Mas ainda não será o ano da Internet móvel. Apenas uma pequena porcentagem dos aparelhos contará com acesso a Rede e as primeiras experiências relatadas por usuários de celulares WAP (ver neonews 05/05/2000) não têm sido positivas.
Livros eletrõnicos ainda devem esperar um "papel eletrõnico" razoável para tornarem-se populares. Já em relação à música, o problema é diferente. Os sistemas de troca de arquivos musicais já funcionam bem, mas a cobrança dos direitos autorais por parte das grandes gravadoras tem pouca possibilidade de dar certo sem medidas duras que devem causar um grande mal estar junto ao público.
Neste primeiro ano do terceiro milênio, novas oportunidades continuarão surgindo. Estamos vivendo um momento raro da história. Temos o privilégio e a obrigação de criar uma nova economia com regras e padrões de comportamento mais claros, solidários e justos.
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