Pagamentos voluntários e gorjetas

Outro exemplo das inúmeras mudanças culturais trazidas pela Internet é o modelo de negócios lançado recentemente pela Amazon.com: o Honor System (expressão em inglês que descreve as relações baseadas na confiança). O sistema permite que os usuários da Rede possam pagar voluntariamente pequenas quantias para os sites que fornecem conteúdo gratuito.

De acordo com reportagem publicada pelo New York Times desta quinta-feira, o criador da Amazon.com, Jeff Beezos, teve a idéia durante uma visita ao Havaí. Em um quiosque de beira de estrada havia uma pilha de abacaxis com uma pequena placa dizendo: "Saí por duas horas. Coloque o dinheiro na caixa e leve os abacaxis que deseja". Mesmo que nem todos sejam honestos e paguem, a iniciativa gera recompensa ao agricultor, pois as frutas são o excedente da colheita encaminhada para o mercado e acabariam estragando.

Na Internet, o pagamento voluntário também pode funcionar, pois textos, imagens, animações e filmes não custam nada para serem reproduzidos e têm valor para o usuário. O conceito parece estranho, pois os consumidores raramente desejam pagar por algo que podem continuar obtendo de graça. Contudo, já existe algo semelhante no mundo real: as gorjetas.

O hábito de recompensar bons serviços está presente em todo mundo. A idéia que quando se recebe favor, precisa encontrar um meio de devolvê-lo é natural para todo ser humano. Para dar uma idéia do potencial econõmico da generosidade quando se torna um comportamento social, basta dizer que as gorjetas somam nos Estados Unidos cerca de U$ 16 bilhões.

A idéia posta em prática pela Amazon.com é semelhante as teorias da gift economy (ver neonews 01/09/2000). É uma aposta arriscada na honestidade e ética da população virtual, mas se a iniciativa der certo, além de trazer lucros, vai contribuir para a melhoria geral do conteúdo da Internet.

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