Computação Distribuída
A primeira aplicação de sucesso desse sistema é o SETI@home (Search for Extraterrestrial Inteligence at Home). O projeto da Universidade da Califórnia em Berkeley já tem 2,7 milhões de computadores pessoais em 226 países trabalhando juntos, somando um poder de processamento duas vezes maior que o ASCII da IBM, o mais rápido supercomputador existente hoje.
O objetivo é identificar a existência de vida inteligente fora da Terra através da análise dos dados obtidos diariamente por um rádio-telescópio construído em Porto Rico. A informação bruta vai para os Estados Unidos, onde são quebrados em pedaços e distribuídos para pessoas em todo o mundo. Para não prejudicar a operação normal dos computadores dos voluntários, todo o sistema funciona como um protetor de tela. Isto é, começa processar e mostrar dados na tela quando os micros ficam sem fazer nada por alguns minutos.
A simpatia e a colaboração de pessoas de todo o mundo foi conquistada sem uma grande campanha de marketing tradicional. O projeto popularizou-se principalmente através do boca-a-boca na Internet. A participação é mantida através de uma séria preocupação em ensinar astronomia para os voluntários e da divulgação constante de resultados parciais mostrados automaticamente no protetor de tela e no site setiathome.berkeley.edu.
Além disso, os cientistas usam técnicas de marketing viral (ver neonews 21/07/2000), incentivando a competição entre os participantes e destacando os voluntários que processaram mais pacotes. A disputa pode ser individual ou em grupos, como o brasileiro Sampa Seti@home Team. Para os nacionalistas, há também uma lista dos países que mais ajudam no projeto (o Brasil está em 23o lugar, logo à frente da Irlanda e atrás da Nova Zelândia). Assim, para buscar melhores lugares no ranking dos pesquisadores de vida extraterrestre, os colaboradores acabam se encarregando de encontrar mais donos de micros com acesso à Internet para ajudar no projeto.
Outras iniciativas estão procurando usar a capacidade ociosa dos computadores pessoais. A empresa United Devices uniu-se ao departamento de química da Universidade de Oxford e a National Foundation for Cancer Reseach (Fundação Nacional para a Pesquisa do Câncer) e criou um sistema semelhante para estudar moléculas para a criar novos remédios.
Já existem também iniciativas comerciais como a da Parabon Computation. Sem objetivos nobres, a empresa promete recompensar em dinheiro o uso do tempo ocioso de seu computador, vendendo o serviço de processamento para projetos privados.
Dezenas de outras idéias estão surgindo e há milhões de máquinas em residências e empresas com capacidade desperdiçada. Um potencial que dá sentido à frase criada pelo marketing da fabricante de computadores Sun: "A Rede é o Computador".
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