Socialites virtuais
As mudanças trazidas pela Internet não estão limitadas a maior eficiência nas compras e vendas ou na democratização da informação. A maior facilidade de comunicação permite também a criação de novos tipos de relacionamento entre indivíduos e empresas.
Na sociedade da informação, as formas e critérios de ascensão social são bem diferentes. No mundo real, uma socialite pode gastar milhões de reais com seu cachorro e conquistar destaque nas colunas sociais e em programas de televisão. No mundo virtual, onde não importam as aparências físicas, as "socialites" mais bem sucedidas são admiradas pelas suas atitudes e idéias.
Na Internet para ganhar destaque não é preciso ir às compras de helicóptero, pois na Rede vigora a "economia dos presentes" (Gift Economy em inglês, termo utilizado pela "socialite virtual" Howard Rheingold, autor do livro Virtual Community). Pela teoria, acumula-se prestígio contribuindo para o benefício do grupo. A idéia é simples: quando alguém dá um presente, espera receber outro de volta. A pessoa que o recebeu sente-se na obrigação de devolver a "boa graça" de alguma forma. Quando um indivíduo só recebe e nunca retribui torna-se mal visto na sociedade, e possivelmente será excluído do convívio do grupo.
Quando empurramos o carro quebrado de um desconhecido não temos a expectativa de que esse mesmo motorista nos retribua o favor, mas esperamos que, quando tivermos algum infortúnio automobilístico, alguém se disponha a ajudar.
Na Internet, principalmente nos fórums, há um registro público de suas "boas ações". Assim quanto mais abrangente for sua contribuição, quanto mais pessoas sua idéia ajudar, mais gente vai ficar devendo um "presente", aumentando seu capital social.
A "economia dos presentes" não é um sonho de hippie dos anos 60. Os mais antigos na Internet já vivem em sociedades assim. Um exemplo atual é a comunidade Linux que conseguiu, através do trabalho colaborativo, criar um produto capaz de ameaçar o império de U$ 500 bilhões da Microsoft (veja artigo no neonews de 18/08/2000). Até hoje, milhares de programadores trabalham de graça nas horas vagas, buscando um lugar na "coluna social" virtual.
Assim, dentro da Internet, pode ser criada uma sociedade mais inteligente, progressista, justa e, principalmente, solidária. Esse é o ambiente que a neomarkets pretende manter. Temos o desafio constante de criar meios onde os afiliados possam trocar "presentes" em busca de relações comerciais benéficas para todas as partes envolvidas.
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