Sul Pedras
Os gaúchos Luiz Carlos Alessandri e seu irmão Ronaldo Cruz começaram como trazendo pedras de garimpo do interior do Rio Grande do Sul para estabelecimentos em São Paulo. Percebendo a possibilidade de ganhar mais dinheiro, decidiram montar uma loja própria na metrópole: a Sul Pedras. O negócio completa 22 anos oferecendo artigos exclusivos esculpidos na própria empresa e vendendo produtos industrializados de pedras preciosas e semi-preciosas.
à€œEstrangeiro é que gosta de pedraà€, explica Alessandri. Por isto com o Plano Real, o negócio entrou em crise, pois os estrangeiros foram deixando o país. De acordo com o proprietário, empregados de multinacionais se aposentaram sem substituição e os turistas que aparecem não têm poder aquisitivo. à€œQuem vem para o Rock in Rio dorme na praia e come sanduícheà€, descreve. Alessandri considera pura teimosia continuar na batalha.
Percebendo o desânimo, um amigo do proprietário, Roberto Neri, propõs: à€œJá que os estrangeiros não vêm mais, vamos nós a elesà€. Daí surgiu uma nova parceria: a Artis Brasilis, uma loja de pedras virtual.
A inauguração só ocorreu há 4 meses. Enquanto Alessandri cuida das atividades do mundo real, o sócio encarrega-se pela Internet. Neri é autodidata em informática. à€œMeu conhecimento vem de livros, sangue, suor e lágrimasà€, conta. Este esforço lhe permitiu estruturar praticamente tudo na Artis Brasilis. Hoje faz até tratamentos de imagem.
A loja ainda está se estruturando. Fecharam apenas 4 negócios, mas empresas de fora estão contatando em busca de parcerias. à€œAs coisas na Rede demoram a dar resultadoà€, diz Alessandri. A maior dificuldade está com relação à divulgação do endereço-eletrõnico. Por enquanto utilizam mecanismos de busca, banners e fóruns. à€œComo nossas clientes, mulheres de 25 a 40 anos, acessam pouco a Rede, estamos estudando novas abordagensà€, explica Neri. Uma das idéias é anunciar na mídia impressa de outros países.
Já foram feitos 5 contatos nacionais em busca de parcerias pelo site afiliado da neomarkets. Neri abre diariamente o correio eletrõnico. à€œUma vez, meu computador quebrou e demorei 20 dias para responder um cliente. Este tipo de desatenção é prejudicial para a imagem da empresaà€, adverte.
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