Atendimento da Telefonica... incompetência ou má fé?

Estou sem telefone fixo há quase uma semana... e este não é o principal motivo da minha irritação com a Telefonica.

Tudo começou quando a Telefonica deixou um recado na minha secretária eletrônica afirmando que "constam faturaras telefônicas em aberto" em meu nome e que eu deveria ligar para 0800 774 1515 para "regularizar" a minha "situação".

Ignorei a acusação de calote, pois não sou caloteiro. Minhas contas telefônicas estão no débito automático há mais de 10 anos.

Parti do princípio que a cobrança indevida tinha sido um erro técnico e toquei minha vida.

Na quinta-feira da semana passada (hoje é quarta-feira), acordei com o meu telefone mudo.

Revirei meus arquivos e juntei todos os "Demonstrativos de despesa - Débito automático" devidamente pagos e fui até o orelhão do meu quarteirão para ligar para o número dos caloteiros 0800 774 1515 e "regularizar" a minha "situação".

Segui as instruções e, depois de interagir com o atendimento eletrônico em um orelhão que mal dava para ouvir as respostas, os computadores da telefonica me mandaram ligar para 103 15... sem me dar possibilidade falar com um ser humano.

Tentei falar com 103 15... Não consegui resolver nada... Quando finalmente consegui falar com um ser humano, aparentemente, o telefone desligado na minha cara pela atendente "Fernanda"...

Pode ter sido problema do telefone público... mas de qq modo, até onde eu sei, os Orelhões tb são responsabilidade da Telefonica, né?

Caminhei um quarteirão até o próximo telefone público ainda acreditando que minha linha tinha sido cortada por falta de pagamento. Orelhão quebrado... nem tinha nem sinal de linha...

No terceiro Orelhão, finalmente consegui falar com o 103 15 e fui atendido por "Bruna" que finalmente confirmou que a acusação de calote era infundada.

Sem oferecer um pedido de desculpas, "Bruna" me colocou em "conference call" com uma mulher da "parte técnica" (não anotei o nome... talvez "Camila").

A mulher da "parte técnica" me informou que havia um problema na linha e deu um prazo de 24h a 48h para o problema ser resolvido.

Passa o feriado... Na segunda-feira telefone continua mudo. Descubro que outros apartamentos do prédio onde moro tb estão sem telefone desde Domingo.

Resolvi aguardar. Não tava com vontade de dialogar com robôs de atendimento precários, repetir toda a burocracia de coleta de informações em Orelhões que não funcionam direito.

Terça-feira. Continua mudo. Com o prazo de 24h/48h mais que vencido resolvi enfrentar o stress novamente.

Fui direto ao terceiro Orelhão e depois da ladainha habitual e alguns minutos de musica o atendente "Moisés" confirmou que a minha linha tinha "problemas".

Quando perguntei pelo prazo para a solução recebi novamente 24h/48h... Insatisfeito, informei que já havia feito um pedido anterior na quinta-fira da semana anterior.

"Moisés" disse que não havia registro (apesar dele mesmo ter me informado o número do protocolo da ligação realizada na quinta-feira passada) e eu deveria aguardar novo prazo de 24h/48h para conserto.

Aí eu fiquei bravo. Perguntei para o "Moisés" se ele achava que eu estava mentindo e qual teria sido o motivo da ligação da quinta-feira passada. Sem solução à vista tive que aceitar mais um prazo de 24h/48h.

Hoje (quarta-feira). Telefone continua sem sinal. Recebo do zelador do prédio uma ficha com número de protocolo e o título "A Telefônica esteve aqui".

De acordo com a ficha no item "Não foi possível realizar o serviço pelo motivo abaixo" o técnico "Emerson" marcou "Outros motivos:" e escreveu de próprio punho "Defeito na Central".

O zelador disse que o técnico tinha checado as ligações internas do prédio sem encontrar problemas e que EU deveria ligar para 103 15 para informar do "Defeito na Central".

Nova jornada até o Orelhão que funciona. Nova ladainha até conseguir ser atendido por um ser humano. Nova "conference call" com a mulher da "parte técnica". Desta vez anotei o nome... "Margarete".

A única coisa que a "Margarete" conseguiu me informar foi que o pedido de conserto estava "em aberto"... e nada mais podia ser feito por lá. Meu tempo perdido no Orelhão digitando números, ouvindo musiquinhas e explicando novamente o problema foi completamente inútil.

Meu telefone continua mudo. Ia escrever essa nota só depois que o problema fosse resolvido... mas se as coisas continuarem nesse ritmo pelo jeito vai demorar...

Essa demonstração da completa falta de eficiência do Atendimento da Telefonica, somada a primeira reclamação "perdida", aparentemente, para alongar novamente o prazo de 24h/48h do conserto me deixaram na dúvida: Incompetência ou má fé?

Sexta-feira. Parece incrível... 8 dias sem telefone.

Acabei de falar novamente com o atendimento. Na primeira tentativa no orelhão do meu quarteirão, novamente encontrei problemas antes de conseguir obter um número de protocolo.

Observando o meu sofrimento, o porteiro do meu prédio gentilmente ofereceu o telefone para eu fazer a reclamação.

Por algum motivo (perguntei mas não obtive resposta), caí direto na "parte técnica" e fui atendido por Dagoberto.

De acordo com o atendente, não havia pedido de conserto... o pedido de conserto registrado na terça-feira tinha sido "baixado".

Ou seja, mesmo depois de ter feito a ligação para a "Margarete" informando q nada tinha sido feito, fui obrigado a aceitar mais um prazo de 24h/48h.

Sexta-feira à tarde. Desta vez acompanhei de perto o técnico Icomon à serviço da Telefonica que depois de cerca de 20 minutos trocando fios de lugar no quadro-geral do prédio e na caixa do meu andar, finalmente resolveu o problema.

Obviamente, depois dessa experiência vou evitar usar qualquer serviço ligado à Telefonica. Vou acabar com o relacionamento com essa gente nos próximos dias.

Hoje, descobri que dos 24 apartamentos do meu prédio apenas 4 (incluindo eu, por enquanto) ainda são assinantes de telefone fixo da Telefonica. De acordo com o zelador, a maioria está usando o serviço de telefonia da Net...

Como já tive muitos dissabores com a Net no passado (veja Net/Virtua tb é uma desgraça) reluto... nada é pior do que sair do caldeirão para cair na fogueira...

Tentei descobrir como transferir meu número para o tal do "Livre" da Embratel, mas o atendimento via chat foi tão surreal que deu medo.

Tô achando que vou ficar sem telefone fixo algum. Será que dá para viver só com celular?

Acabei comprando um Tim Fixo Pré-pago... A justificativa: Tim Fixo pré-pago... fogo ou frigideira?.