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JC leu a nota Coragem e honra e me mandou este artigo do Mirror, tablóide inglês que está contra a guerra.

WE HAD a great day," said Sgt Eric Schrumpf of the US Marines last Saturday. "We killed a lot of people."

He added: "We dropped a few civilians, but what do you do?" He said there were women standing near an Iraqi soldier, and one of them fell when he and other Marines opened fire. "I'm sorry," said Sgt Schrumpf, "but the chick was in the way".

For me, what is remarkable about this story is that I heard almost the same words 36 years ago when a US Marine sergeant told me he had killed a pregnant woman and a child because they had "got in the way".

Tinha visto o Free Mike Hawash na semana passada, mas deixei para checar se era de verdade e esqueci. Mas o caso é sério e o site foi mesmo feito pelo ex-VP da Intel Steven McGeady. A história do programador de origem palestina que está preso sem acusação formal saiu até no New York Times.

"Our friend has fallen into some kind of `Alice in Wonderland' meets Franz Kafka," said Steven McGeady, the former Intel executive, who started a legal defense fund and a Web site for Mr. Hawash.

"You hear about this happening in other countries and to immigrants and then to American citizens," Mr. McGeady went on. "And finally you hear about it happening to someone you know. It's scary."

O sujeito é casado com um branquela, tem duas filhas com ela, é cidadão americano, etc.
Com esses defensores da liberdade, quem precisa de ditadores?

Quem tiver tempo, ou interesse em relacionamentos virtuais, deve ler a história do AccordionGuy e NewGirl. Veja esta no boingboing e o relato do próprio AccordionGuy que tb tem uns links bacanas sobre sistemas de reputação.

O Yahoo! vai tentar voltar a ser o site de buscas mais usado da internet, posto perdido para google há alguns anos. O número de anúncios com gráficos vai diminuir e o mecanismo de busca da inktomi (comprado pelo Yahoo! na mês passado) vai ser melhorado. Veja reportagem no New York Times.

Tomara que melhore. Mas para ser bacana de novo é preciso fazer mais. IMHO, deveriam retomar a idéia original de ter seres humanos fazendo uma seleção criteriosa de sites, a antiga alma do Yahoo! Competir com o Google prestando um serviço semelhante é bobagem.

Agora com o processo de tomada de Bagdá, vai ser interessante comparar o comportamento dos americanos com os procedimentos adotados pelos britânicos em Umm Qasr e Basra. Os americanos já mostraram que têm mais poder, tecnologia e força bruta. Falta provar honra e coragem.

Desde o começo da guerra, os americanos parecem estar em um jogo de baseball... No primeiro dia da guerra, os marinheiros que estavam no convés do Mobile Bay (um dos navios lançadores de Tomahawk) ao lado do repórter da BBC estavam assistindo o lançamento e tirando fotos como se estivessem vendo um show de fogos de artifício. Faltou só a pipoca.

Preste atenção: toda vez que mostram a destruição de um tanque na estrada, ou coisa assim, há sempre um "yeahh!!!" É claro que um soldado eficiente é treinado para matar e obviamente não tem o mesmo apreço a vida que nós civis temos...Mas matar não pode gerar o mesmo sentimento que um homerun.

Os ingleses parecem mais bem treinados. Um exemplo foi a história que eu ouvi ontem na BBCWorld. Um iraquiano apareceu em uma barreira em Basra com um monte de granadas amarradas ao corpo. Ao invés de ser metralhado como a família do Omar (veja nota), o sujeito foi rendido e desarmado.

Era um falso suicida. Aparentemente, os amigos do Saddam mandaram o cara ir explodir os invasores contra a própria vontade. Tinham a certeza de que o infeliz ia morrer, fosse na explosão ou pelos tiros dos soldados.

Em Umm Qasr, logo que controlaram a cidade, os britânicos aposentaram os capacetes e passaram patrulhar as ruas com boinas para ajudar a conquistar os corações e mentes da população local. Como disse o repórter do Christian Science Monitor antes de começar o conflito (veja nota), não dá para um jornalista andar de colete à prova de balas e máscara contra gases, se o motorista e o intérprete não tiverem a mesma proteção.

Se existe honra em uma guerra, ela está em correr riscos. Em conflitos onde os adversários têm a mesma força, basta usar métodos ousados para matar o inimigo para ganhar uma medalha. Se a briga for contra um oponente muito mais fraco, a definição de coragem deve ser diferente. Ontem em Bagdá, de acordo com os primeiros números do comando americano, morreram 2 marines e 2 mil combatentes iraquianos.