Prefeitura, lixo e uma volta aos anos 70
Nesta manhã fui obrigado a reviver os anos 70, quando meu pai me levava até o banco para eu aprender como o mundo dos adultos funcionava.
Naquela época, antes mesmo da invenção da fila única, ir a uma agência bancária e perder tempo era uma rotina inevitável.
Hj, o Brasil se orgulha de ter um sistema bancário informatizado no qual o deslocamento físico até as agências teria sido eliminado.
Mas, agora a Prefeitura de São Paulo está proporcionando aos cidadãos a oportunidade de voltar no tempo e relembrar de práticas ancestrais.
A incompetência/desprezo do sistema de cobrança do Departamento de Rendas Imobiliárias da Secretaria de Finanças e Desenvolvimento Econõmico está obrigando a todos os paulistanos que não contam com o serviço de office-boys a ir até o caixa de uma agência bancária para pagar a Taxa de Resíduos Solídos Domiciliares (TRSD), a Taxa do Lixo.
Quantas horas de trabalho e lazer de paulistanos estão sendo desperdiçadas pela burra burocracia do governo municipal?
No ano passado, na agência Teodoro Sampaio do Unibanco, foi feita promessa de que os próximos pagamentos da taxa do lixo poderiam ser feitos pela internet.
A dificuldade inicial para pagar a taxa era compreensível, já que a Marta aprovou a TRSD na porrada para conseguir novos recursos para o orçamento do ano passado. Mas, depois de um ano, não dá para aceitar que bancos e prefeitura não tenham entrado em um acordo para facilitar a vida dos contribuintes que estão afim de dar dinheiro para o governo.
Por favor não me entendam mal. Na teoria, não me importo em pagar impostos no Brasil. Acredito que o Estado brasileiro precisa ter grana para gerar um mínimo de condições para que os menos privilegiados desta sociedade possam competir comigo de maneira justa.
Acredito que o Estado é fundamental para promover a distribuição de renda. Entretanto, essas demonstrações de desprezo/incompetência dificultam qq argumentação com as pessoas mais a direita do espectro político que defendem um Estado mímino e o capitalismo puro como forma de distribuição de renda.
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