Palestinos e Israelenses conquistam montanha na Antártica

Não foi apenas uma vitória sobre a natureza ou uma simples conquista de uma montanha na Antártida na qual nenhum ser humano jamais esteve. O grupo de 6 homens e duas mulheres, incluindo dois veteranos das forças especiais israelenses e dois ativistas do Fatah demonstraram que os dois povos em conflito desde 1945 conseguem trabalhar em equipe.

De acordo com o Guardian, a aventura teve apoios de peso como o do Kofi Anan, Dalai Lama, Arafat e do primeiro árabe a conquistar o Everest, Zeddy al-Refa, mas mesmo assim sofreu pressões e ameaças dos radicais palestinos que não estão interessados na paz.

Israeli Heskel Nathaniel, the team leader, said some of the Palestinians had received threatening messages over their participation. Two of their number had been in Israeli jails while journalist Ziad Darwish's brother was killed by Israeli troops.

It was not until all eight group members were aboard the boat heading south through the Drake Passage from Chile to the icebergs of the Antarctic that Mr Nathaniel said he could feel sure there would be no "nasty surprises".

Além disso, rolaram conflitos dentro do próprio grupo, principalmente na hora de elaborar a declaração conjunta que foi lida no pico e para decidir o nome da montanha.

After several days the group settled on the Mountain of Israeli-Palestinian Friendship as a name for their destination. Mr Nathaniel said the intensity of the disputes had surprised him.

"I thought the people would be more willing to compromise but there were some quite heated debates. It happened in the end but it took quite a lot of effort."

Essa história me fez lembrar de um hippie que eu conheci no Backpackers's Paradise em Punta Arenas. Marcus é um sujeito de aparência normal, cabelos curtos, barba bem cortada, bem distante do estereótipo perpetuado pela moda contemporânea. Entretanto, é um cara que vive até hj seguindo idéias e conceitos da contracultura dos anos 60. Por exemplo, a primeira conta bancária que ele abriu foi aos 50 anos de idade, logo antes de eu conhecê-lo. Fuyi eu que o ensinou a mexer no caixa eletrõnico...

Passei uma semana ouvindo em primeira mão histórias, muitas vezes pornográficas, do Summer of Love, Woodstock e do dia-a-dia da contracultura dos anos 60. Mas, além dos casos divertidos entrei em contato com algumas teorias interessantes sobre o amor e relacionamentos.

Segundo Marcus, antes de firmar um compromisso por toda a vida, é obrigatório para o casal fazer algum tipo de viagem longa e difícil, de preferência com a necessidade de enfrentar a natureza. Algo como ir de canoa do Canadá até Nova York. O objetivo é testar a capacidade conjunta de resolução de conflitos em uma situação na qual os processos de decisão são constantes. Os hippies não eram idiotas... Imbecil é a imagem deles criada pelo mainstream...