Acesso à Wikileaks, Marco Aurélio Garcia e Bolívia
Continua capenga o acesso à http://wikileaks... Tem uma lista de mirrors no http://wikileaks.info. Dá para acompanhar as mudanças de endereço e outras novidades no: http://twitter.com/wikileaks e http://www.facebook.com/wikileaks.
A discussões no Slashdot sobre a pressão americana e o corte nos serviços que eram prestados pela Amazon e pelo PayPal tão animadas.
Os Repórteres Sem Fronteiras, obviamente, estão condenando os ataques que a wikileaks e o Assange têm sofrido.
O texto que registra a posição da ONG destaca que é a primeira vez que vemos uma tentativa internacional de censurar um site dedicado à transparência.
A organização que luta pela liberdade de imprensa para todo mundo se diz chocada com a atitude da França e Estados Unidos, lembrando que nesses países quem deve decidir se um site deve ser fechado é de competência da Justiça e não dos políticos.
This is the first time we have seen an attempt at the international community level to censor a website dedicated to the principle of transparency. We are shocked to find countries such as France and the United States suddenly bringing their policies on freedom of expression into line with those of China. We point out that in France and the United States, it is up to the courts, not politicians, to decide whether or not a website should be closed.
(((Rola uma versão do texto em espanhol: ¿Wikileaks acorralado?)))
De qq modo, depois dos prisioneiros de Guantânamo recusados, apareceu apenas mais um documento da Embaixada Americana de Brasília.
O 08BRASILIA880 de junho de 2008 relata um encontro com o assessor do presidente Lula, Marco Aurélio Garcia, no qual os americanos pedem a nossa ajuda para garantir a segurança da embaixada deles em La Paz...
¶1. (C) The Ambassador met with Brazilian presidential Foreign Policy Advisor Marco Aurelio Garcia on June 25 to express our concern regarding the Bolivian government's lack of concrete assurances to protect our embassy in La Paz. Garcia promised to raise the issue with the Bolivian ambassador (which he did immediately after meeting with the Ambassador) and with higher levels in the Bolivian government. He also said he would bring the request to President Lula's attention.
... e ouviram recomendações para lidar com a instabilidade política na Bolívia.
Para a minha surpresa, Garcia coloca parte da culpa no presidente Evo Morales por agir "como se estivesse em uma revolução"...
¶3. (C) The Ambassador asked for Garcia's assessment of the situation. Garcia said that the current problems stem in part from President Morales having come to office acting "as if it were a revolution." His polemics have been a factor in instability, Garcia said, but the instability already existed, noting he had visited Bolivia twelve times during President Lula's first term, and had met with four presidents.
Surpresa pq Garcia para exemplificar o sentimento americano que rola em "alguns círculos", usou uma velha piada que costumava contar no "círculo" dele: "Pq nunca ouve golpe de estado no Estados Unidos? Pq lá não tem embaixada americana."
But he cautioned that we should "not underestimate anti-Americanism in some circles." ("There's an old joke we used to tell," he said: "Why hasn't there ever been a coup in the United States? Because they don't have an American embassy.")
Apareceram tb alguns despachos da Embaixada Americana em La Paz dessa época.
Vou ler com calma, mas há coisas interessantes como a avaliação da influência dos comandantes Chavez e Fidel/Raul na Bolívia, como o comentário no 07LAPAZ3153...
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¶9. (C) The opposition's cries of Chavez the big bad wolf are over the top, but they are right when they express concern that Evo is getting advice from the Venezuelans and Cubans. With checks and doctors, the Venezuelan and Cuban ambassadors are doing what they can to bolster Evo and push his change program. For example, it is estimated that Evo has distributed around $60-80 million in Venezuelan checks to municipalities since he came to office.
That said, beyond the financial support and advisory role, we find little hard evidence to support the prospect of actual Venezuelan military intervention in Bolivia. The opposition will continue to point to Chavez to discredit Evo and are hoping that a victory for the "no" vote in Venezuela's referendum will give Evo pause about proceeding with his. Likewise, the opposition fears that if Chavez wins, he will embolden Evo to push ahead.
Imagino que os documentos sobre um complô para derrubar um presidente democraticamente eleito sejam classificados de "Top Secret". Portanto, algo assim não estaria no vazamento atual (que só tem documentos "secretos".
De qq modo, gostaria de ver a correspondência da Embaixada Americana na Venezuela sobre a tentativa de Golpe de Estado de 2002.
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