Auschwitz: 60 anos
Em 27 de janeiro de 1945, tropas soviéticas chegaram ao campo de concentração de Auschwitz. Os porcos nazistas já tinham fugido.
Algumas dezenas de milhares de esqueletos vivos estavam livres para reconstruir a vida.
Cerca de 1,1 milhão de pessoas não tiveram a mesma sorte e não sobreviveram a um dos maiores absurdos da história humana. (veja o especial na BBC).
Hj,os líderes mundiais estão reunidos no sul da Polônia para participar da cerimônia em homenagem às vítimas (veja Deutsch Welle) e não deixar os bisnetos da geração que viveu a Segunda Guerra esquecerem das lições do passado, como o moleque bobo filho do Charles.
A BBCWorld (NET canal 59) está dando bastante destaque aos 60 anos da libertação de Auschwitz.
Logo de manhã, um sobrevivente que se dedicou nesses anos todos à pesquisa e documentação do holocausto disse que não existia explicação para os crimes nazistas.
IMHO, o que não existe é uma justificativa. Os motivos existem.
Ignorar pq aconteceu o holocausto é abrir as portas para as mentes doentias de líderes de povos orgulhosos empobrecidos e humilhados.
É a mesma coisa que os americanos ignorarem a razão pela qual alguém decide virar homem/mulher-bomba ou atirar aviões contra prédios civis.
A história precisa ser explicada para entender o presente. Mesmo os erros dos heróis libertadores não devem ser esquecidos.
Por exemplo, os americanos, antes da chegada das tropas soviéticas, já sabiam o que estava acontecendo e poderiam ter bombardeado as linhas de trem e as câmaras de gás, de acordo com ex-governador, ex-candidato à presidência (perdeu para o Nixon) e ex-piloto de B-24, George McGovern. Veja canada.com.
"There is no question we should have attempted ... to go after Auschwitz," Mr. McGovern said. "There was a pretty good chance we could have blasted those rail lines off the face of the Earth, which would have interrupted the flow of people to those death chambers, and we had a pretty good chance of knocking out those gas ovens."
Even if there was a danger of accidentally harming some of the prisoners, Mr. McGovern said, "it was certainly worth the effort, despite all the risks," because the prisoners were already "doomed to death" and an Allied bombing attack might have slowed down the mass murder and saved many more lives.
"Franklin Roosevelt was a great man, and he was my political hero," said Mr. McGovern, "but I think he made two great mistakes in World War Two: One was the internment of Japanese-Americans; [the other was] not to go after Auschwitz ... . God forgive us for that tragic miscalculation." (BTW, até hj os muitos bens confiscados dos americanos descendentes de japoneses enviados para campos de concentração americanos não foram devolvidos...)
A redatora Paula R. Stern descreve no israelinsider.com uma visita a Auschwitz em um lindo dia de sol que demonstra como é fácil esquecer quando as coisas parecem estar indo bem.
I broke in Auschwitz. It was so vast, so evil. The sun was shining beautifully, tourists from South Korea came and asked some of the Israeli girls (carrying the Israeli flag) to pose with them. Evil can be ignored when you only see the buildings, the broken rails, the decaying barracks. What harm could have been done in such a place? Fields of green grass, not a cloud in the sky. A cafeteria at the entrance and clean bathrooms. Post cards and books and film and candies can be bought in the "museum" entrance, all cheerfully manned by smiling Poles. Our Polish guide laughed and flirted with the bus driver. She was happy...employed for another day in a country where the people need work.
Some of the Israeli girls in our group smiled into the camera as the South Korean boys took their picture, and I was ashamed for them all. It wasn't my place to tell them, and yet I was one of only a few mothers on the trip, so quietly, in Hebrew, I asked them to remember. "We are in Auschwitz," I said to them, and that was all it took. They understood right away.
Na internet não dá para obrigar alguém a receber informações como nas outras mídias. O usuário precisa querer receber o conteúdo. Por isso, acho importante fazer um esforço e dar uma olhada nesses dois sites:
Voice/Vision Holocaust Survivor Oral History Archive - Depoimentos em audio, video e texto de sobrevimentes
Coleção de fotos do holocausto no about.com
Veja tb:
Museu da Tolerância
United States Holocaust Memorial Museum
e as notas:
Holocausto e o Gueto de Varsóvia
Equipe de Direitos Humanos das Nações Unidas impedida de entrar no Sudão
blog:
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