Campanha para criar o Douglas Adams Boulevard em Portland e as homenagens feitas por parlamentares brasileiros
Um pessoal que, como eu, gosta do Douglas Adams resolveu tentar batizar uma avenida de Portland, Oregon, em homenagem ao autor inglês.
A avenida escolhida: 42 nd AV... ;)
O site da campanha, o rename42nd.org traz alguns argumentos para justificar a mobilização:
Transforming 42nd Avenue into Douglas Adams Boulevard will reflect upon all those who live and work in the City of Portland.
It will reflect Portlanders’ commitment to the arts.
It will reflect Portlanders’ respect for the environment.
It will reflect Portlanders’ desire to provide technological access to all.
It will reflect Portlanders’ passion to further education to all people.
It will remind all Portlanders’ the most important lesson in times of uncertainty and fear…
…DON’T PANIC.
Interessante notar as diferenças do processo de nomear uma rua em Portland e o de São Paulo e outras cidades brasileiras.
Q: What does it take to rename a street in Portland, Oregon?
A: According to the City of Portland website, the following qualifications must be met.
Any individual or organization may apply to the City to rename a City street. City streets may only be renamed after a prominent person. Such prominent person must be:
1. a person who has achieved prominence as a result of his or her significant, positive contribution to the United States of America and/or the local community;
2. a real person; and
3. a person who has been deceased for at least five years.
Em Portland é permitida apenas uma mudança de nome por ano...
Q: Will we end 2007 with a Douglas Adams Boulevard?
A: Short answer, no. City code only allows one street name change a year. However, even if 4th Avenue weren’t changing to César Chávez, we simply would not have the time to process the paperwork and work through the proper channels.
Além disso, quem quer fazer uma homenagem precisa pagar custos da mudança...
Q: You mentioned fund raising, how much is this little endeavor going to cost?
A: Well, it depends on the size of the street getting renamed. As written in the City Code:
"If the City Engineer accepts the submission, the applicant shall make a fee deposit to cover the full cost of printing and mailing postcards and public notices as determined by the City Auditor. The minimum fee deposit shall be $500 if the street proposed for renaming is ten City blocks (½ mile) or less in length. If the street proposed for renaming is more than ten City blocks (½ mile), the minimum deposit shall be $1,000. The Auditor shall refund any unused portion of the deposit to the applicant, or the applicant shall be required to pay for any cost of printing, mailings, and public notices in excess of the fee deposit. "
Since you aren’t allowed to name just a portion of a street, we can assume the cost to rename 42nd Avenue into Douglas Adams Boulevard will cost the higher rate. As we learn more, we will update the FAQ.
IMHO, copiar o processo de Portland seria uma boa medida para todas as cidades brasileiras.
Se adotassemos as regras deles, teríamos complexos viários batizados em homenagem às muito caluniadas mães de ex-prefeitos corruptos? Talvez, sim... mas pelo menos não precisaríamos pagar as placas com os nomes delas.
Aqui, os políticos que não tem interesse no bem estar da sociedade ou capacidade intelectual para ajudar a resolver algo importante adoram batizar coisas.
Os membros do baixíssimo clero usam esse pequeno poder para puxar o saco de gente que dá dinheiro para campanha, agradar a algum grupo de interesse ou alimentar o próprio ego...
Seria bom acabar com essa moeda eleitoral primitiva que causa uma perda de tempo ridícula, né?
Aliás, não só os batismos das coisas públicas... qualquer homenagem feita por qualquer órgão legislativo deste país deveria ser eliminada...
Afinal, não foram todos eleitos para criar propostas e decidir como resolver problemas da nação?
Ou será que é mais produtivo fazer um discurso enaltecendo a mãe de alguém do que discutir soluções para o tiroteio diário nos morros do Rio, as mortes nas filas de hospitais, o caos tributário, a intervenção no Haiti, aborto, pena de morte, legalização das drogas, etc.
Como não faltam temas sérios para discutir, fica a impressão de que falta gente séria para discutir.
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