Giro 14 de maio

Linda etapa 8 do Giro.
171 Km finalizando com um subida de 8,2 % até Passo Lanciano, a 1289 m de altitude.
Hoje todos os favoritos trabalharam com suas equipes.
Como já haviamos mencionado anteriormente aqui, o Giro está sendo competido ao estilo do Tour de France.
Velocidades altas nas planicies aniquiliando as forças dos especialistas em montanhas. O time pondo o passo é o CSC do italiano Ivan Basso, que tem a ambição de vencer as duas grandes corridas esse ano, Giro e Tour (feito conseguido anteriormente pelo falecido Marco Pantani em 98, pelo espanhol Indurain em 92 e 93, pelo Irlandês Stephen Roche em 87 e anteriormente os dois grandes Hinault em 82 e 83 e Merckx em 70, 72 e 74).
Portanto pela estatura dos que conseguiram realizar esse feito antes, nota-se que é coisa séria, de campeão. Na etapa anterior, 7, eu notei que o CSC estava realmente mandando no pelotão e cheguei a escrever isso aqui, mas perdi a nota e não consegui fazer mais de onde estava.
Hoje está comprovado e creio que o Giro, se não houver nenhum dia ruim do Basso, ou grandes mudanças táticas, realmente ele ganha (no ano passado também teria ganhado mas uma crise estomacal o tirou da disputa, quando perdeu mais de 40 minutos em um dia de montanha, terminando a prova longe do pódio.
Esse ano Basso está mais forte).
Hoje, foi clássico o erro do italiano Damiano Cunego, vencedor do Giro em 2004 que resolveu atacar o seleto grupo dianteiro do qual fazia parte, onde ainda estavam Basso e seu companheiro de equipe, Carlos Sastre, Simoni e um companheiro, além do espanhol Laseika e outros. Ainda faltavam 4 Km para a linha de chegada, com escaladores fortes ali, e alguns dos melhores com alidados (domestiques, gregários, team mates, ou como quiser chamar) era previsível que não ida dar certo. Ok, Cunego é o melhor escalador entre todos aí talvez, mas o CSC já havia aniquilado muito das forças do grupo com um passo realmente forte e se não é o Pantani, é melhor não pensar que é pois a 4 Km antes da chegada não dá para fugir dessa turma. Acho que nem o velho "Panta" teria essa pretensão e ninguém subia ou sobe como ele.
Afinal a grande perda para mim foi ver que Savoldelli perdeu 2 minutos e 20 segundos. Ainda torço por ele, e se não perder mais muito tempo ainda pode recuperar pois ele é melhor em contra-relógio que o Basso.
Simoni e Cunego, bem somente uma desandada dos outros dois e Danilo Di Luca, vai ter que esperar essa turma esquecer um pouco do Giro para ganhar. Não é a turma dele essa, pelo menos ainda ou talvez o negócio dele realmente não seja Tour ou Giro, e sim um grande corredor de um dia, clássicas das Ardênias, Paris Nice ou coisa semelhante.
O Giro sempre foi visto como mais relax que o Tour, menos velocidade e por isso muitos Giro winners como Simoni e Cunego já chegaram no Tour dizendo e acontencendo e perderam mais de 1 hora para Lance Amrstrong e outros.
Uma coisa é chegar na montanha ainda inteiro de um dia de corrida pouco intensa, outra e como no Tour, após um dia intenso de ataques, perseguições e ainda encarar quantro montanhas e primeira categoria.
Esse Giro tem essa característica. E para mim será provavelmente muito mais interessante que o Tour.