Críticas a missão da ONU comandada pelo Brasil no Haiti

O Washington Post desceu o cacete na nossa atuação na missão de paz no Haiti ontem e levanta a possibilidade do envio de tropas americanas... O jornal classificou as declarações do General Augusto Heleno Ribeiro Pereira dizendo que o problema é social e econõmico de desculpa pelo fracasso militar.

A year ago the United Nations mandated a 7,400-member international force led by Brazil to provide security and disarm the gangs. It hasn't come close to accomplishing its mission. A hodgepodge of Latin American troops supplemented by soldiers from Jordan, Nepal, Croatia and other unlikely friends of Haiti, it lacks the cohesion, professionalism or stomach for taking on the militants. "I insist the problem in Haiti is more social and economical than military," Brazilian commander Augusto Heleno Ribeiro Pereira claimed recently. That has been Brazil's consistent excuse for its commanders' military failing.

O New York Times destaca histórias de sequestros de gente relativamente humilde promovidos pelas gangs no Haiti para mostrar q a coisa não está funcionando por lá...

A polícia local é ineficiente e a missão sob comando brasileiro tb não estaria funcionando.

The United States ambassador to Haiti, James B. Foley, said in an interview that the Brazilian-led United Nations peacekeepers seemed crippled by understandable concerns about casualties among their own as well as among the people they have been sent to protect.

Comentários

pelo tom dos comentários (aqui e pelas ruas), meus compatriotas querem mesmo é que essas tropas saiam do haiti e subam os morros cariocas para "resolver" o problema do narcotráfico. lá, como no haiti, o problema é mais social e econômico do que militar... também deve pensar quem detesta a atual chancelaria que bom mesmo era pedir pros gringos instalarem bases militares na amazônia, para protegê-la de nós mesmos... e garantir os interesses da madeira e da biopirataria. não sei o que de fato se passa no haiti, e nossa imprensa nada ajuda, mas eu que pensava que estávamos lá para garantir um golpe patrocinado pela CIA (seja o Aristide corrupto ou não), fico satisfeito ao saber que os EUA estão nos criticando. imagina então que pensarão os godemes da ofensiva do itamaraty (em tempo, a FOREIGN AFFAIRS elegeu amorim o melhor chanceler do mundo) para ser o parceiro preferencial de cuba em sua transição rumo à abertura política (enquanto a econômica só depende dos EUA, que impõem um embargo que sabotou o projeto cubano mais que o centralismo castrista).

acho que ,o brasil tem que resolve primeiro seus problemas que sao muitos. pra depois pensa em ajuda nossos imaos haitianos , a atitude e nobre , mais e um bebado querendo levanta o outro.

Olha uma coisa que não entendo é porque um país que há fome, como o Brasil, ainda faz essas coisas, gastar dinheiro à toa com problemas que nada nos diz respeito... Nasci num Brasil muito pior que esse de hoje, pois havia muito mais instabilidade, senti fome, ja vivi a cara disso, mas não sei porque isso não muda nunca, o risco país cai, a divida do FMI paga, mas a fome sempre a mesma, já não mais sinto fome, já sou formado por unvirsidade pública, já trabalho e foi esforço gigantesco para isso quase intransponível (mas milhões passam fome, pois nem conseguem) não gostaria que ninguém mais passasse fome. Nunca tive vergonha de dizer isso, pois eu sim sou digno e vítima, mas a vergonha que sinto mesmo é da própria "Pátria" ....

Como diria um ex-chefe, o Lula está querendo comer a muher do vizinho com o pau do primo. Quer entrar no conselho de segurança, quer exercer uma liderança regional ativa, mas não quer ter que explicar a morte de pracinhas brasileiros por conta de problemas alheios. Quer a glória do Haiti, mas não o õnus.

No fundo, ainda bem. O Brazil não tem nem o dinheiro nem para pagar direito suas forças armadas estacionadas no país para eventual defesa do território nacional. Seria um absurdo perder vidas brasileiras lá fora.

Se vidas devem ser colocadas em risco, que seja dentro do Brasil, para resolver problemas reais e não para financiar as aventuras geopolíticas delirantes dos nossos três mediocres chaceleres: Samuel Pinheiro Guimarães, Marco Aurélio Garcia e Celso Amorim.

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