Impressões do Live8
O Guardian traz uma coleção de frases recolhidas junto ao público e declarações de celebridades que participaram do evento.
Da aparição do chairman Bill...
The schmaltzy hand-waving mood inspired by REM was checked by the appearance of Bill Gates, introduced by Geldof as "the greatest philanthropist of our age". He was greeted with calls of "Windows is shite, mate" and "We want Warren Buffett!" - a reassuring sign that the crowd hadn't totally lost its head.
Até a mocinha que ficou com remorso de ter comprado comida na Harrods...
A girl dragging a suitcase of provisions said: "I feel bad, I just bought a load of stuff from Harrods food hall when there are, you know, people in Africa ... " Her friends reassured her that this was precisely the issue they were there to confront.
O único discurso decente que eu ví foi o do Mandela (transmitido pela BBCWorld), tentando gerar um pouco de responsabilidade pelo que acontece no mundo na geração MTV...
"History and the generations to come will judge our leaders by the decisions they make in the coming weeks. I say to all those leaders: Do not look the other way, do not hesitate ... It is within your power to prevent a genocide"
Nelson Mandela, Johannesburg
Quanto ao show, vi pouco... teve um monte dessas bandinhas de adolescente de hj e porcarias do meu tempo, tipo Maddona... mas foi legal ver o Pete Towshend pulando, o Roger Daltrey berrando e o olhar insano do David Gilmour...
Duvido que o evento tenha gerado algum tipo de conscientização ou mobilização da sociedade civil... Principalmente com a falta de noção do que acontece no mundo dos apresentadores da MTV daqui.
Não vi a MTV defendendo o consumo consciente, explicando o que é G8, criticando os subsídios agrícolas e outros macro-entraves para um mundo mais justo. Talvez gerar espírito crítico seja incompatível com o modelo de negócios da MTV ...
A única coisa que o casal conseguia era dizer que o evento era contra a pobreza na África... Não conheço ninguém que seja a favor das misérias do mundo... Mas são poucos os que estão dispostos a deixar de comprar o tênis da moda só pq é fabricado por criancinhas descalças na Indonésia ou deixar de comprar produtos como açúcar sem o selo da Abrinq.
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