Motainai - não deixe o marketing comandar a sua vida
A New York Times magazine desta semana traz um bom artigo sobre spam...(e-mails comerciais não solicitados). O texto longo, mas divertido, comenta as medidas que estão sendo tomadas para combater esta praga, um pouco de informática, um pouco de legislação, etc.
Entretanto, faltou dizer explicitamente: não compre nada ou visite qualquer site que use esta prática hedionda. Alguns otários devem perder algum dinheiro, caso contrário esses cretinos parariam de nos incomodar. Em nossos bolsos está o poder de tornar de tornar a Internet um pouco melhor. Eu escrevi um texto mais curto sobre Spam também há alguns anos... não mudou muita coisa.
IMHO, essa atenção às práticas pouco éticas de propaganda deveria ser transportada também para o mundo real. Pessoalmente, estou decidido a não deixar ninguém me vender nada. O motivo é simples. Os vendedores e publicitários têm um compromisso direto com quem os contratou. O objetivo principal desses profissionais é abocanhar uma fatia do meu suado dinheirinho.
Estou tentando ser o sou senhor das minhas necessidades. Seguindo um dos princípios, (meio esquecido, infelizmente) da cultura japonesa: motainai. É difícil de traduzir, mas significa algo como "o não desperdício". É a palavra que minha mãe usava quando eu enchia o prato e não conseguia comer tudo, ou pedia para comprar um brinquedo e não o usava, etc.
Assim, estou evitando todos os produtos que usam recursos sentimentais ou subliminares para tentar me vender alguma coisa. Se a publicidade não consegue ter um argumento lógico para apresentar, é pouco provável que precise dele. Hoje, a publicidade só tem influência negativa nas minhas decisões de compra.
A internet tem o potencial de mudar o capital. A rede, quando houver uma maior conscientização do público, vai retirar do mercado um monte de produtos ruins que são sustentados por boas agências publicitárias. Os recursos para deixar de ser enganado já existem.
Os sites que reúnem avaliações de consumidores (consumereviews.com, harmony-central.com), newsgroups, fórums e a possibilidade de acesso a um número maior de avaliações jornalísticas já não são novidade (veja "Marketing e a Interação entre Consumidores" e "Jornalismo e Marketing", do tempo que eu era empregado). Ao contrário da propaganda, o compromisso deles é com o comprador e não com o vendedor.
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Clique aqui para ver algumas dicas sobre como escrever um texto claro, objetivo e persuasivo.
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