Cabra-cega
Companheiro RK mandou o release do novo filme do Toni Venturi, Cabra-Cega, que recebeu o prêmio de melhor diretor do festival de Brasília do ano passado.
O filme conta a história de amor de militantes que participaram da guerrilha urbana durante a última ditadura. É o terceiro longa do diretor Toni Venturi. Eu conheço apenas um documentário muito bacana sobre o Prestes que passa na TV de vez enquando.
Cabra-cega estréia neste mês. Vai rolar uma pré-estréia naquele telão do Jóquei na terça.
Veja o release do filme
Cabra-cega, thriller político de Toni Venturi,
resgata utopia de amor dos anos 70
Filme mostra o cotidiano clandestino da guerrilha urbana e estréia em 15 de abril, em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
Chega aos cinemas das principais capitais brasileiras, em 15 de abril, o filme Cabra-cega, grande contemplado do 37º Festival de Brasília. No evento, realizado em novembro do ano passado, a produção ganhou os prêmios de melhor direção, roteiro, ator, direção de arte, pesquisa histórica e filme, segundo o júri popular. O filme é estrelado por Leonardo Medeiros, Débora Duboc, Jonas Bloch e Michel Bercovitch. Em sua segunda exibição pública, em janeiro, no 2° Festival de Campo Grande, o filme ganhou melhor longa-metragem nacional - juri popular.
A trama de ficção remonta o universo em que a resistência ao regime militar brasileiro pegou em armas em nome do sonho socialista. "Trata-se da história dos derrotados e, portanto, é uma outra leitura que se contrapõe à história oficial, que prefere apagar o período de nossa memória em vez de refletir sobre ele", afirma Toni Venturi, diretor e produtor de Cabra-cega.
O filme é o terceiro longa-metragem de Venturi, realizador do documentário O Velho, cinebiografia do líder comunista Luís Carlos Prestes, e de Latitude Zero, premiado filme de ficção. O roteiro, de Di Moretti, nasceu de um argumento de Roberto Moreira, Fernando Bonassi e Victor Navas. A produção é da Olhar Imaginário e a distribuição da Europa Filmes e Marco Aurélio Marcondes.
Pesquisa - O principal cenário da história é o habitat dessas pessoas: o aparelho - casa onde viviam os guerrilheiros. O roteiro foi construído a partir de uma extensa pesquisa. Foram colhidos 11 depoimentos de ex-combatentes sobre o dia-a-dia da luta armada nas cidades. Quatro deles deram origem ao documentário No Olho do Furacão, exibido pela Rede Sesc-Senac.
Trilha - Cabra-cega conta com canções trabalhadas por Fernanda Porto e Toni Venturi especialmente para o filme. Versões eletrônicas e em drum´n´ bass de clássicos da MPB, relacionados aos anos de chumbo, acompanham o desenrolar da trama, e compõem a estética do filme baseada numa leitura arejada dos fatos de nossa história recente. Encabeça a trilha a antológica "Roda Viva", cantada por Fernanda com o seu compositor, Chico Buarque, em ritmo de maracatu eletrõnico. Esta versão está sendo amplamente executada nas rádios.
Outras cinco canções aparecem no filme em nova roupagem e interpretações. São elas, Construção e Rosa dos Ventos, de Chico Buarque, Saveiros, de Nelson Motta e Dory Caymmi, Sinal Fechado, de Paulinho de Viola e Teletema, Antonio Adolfo e Tibério Gaspar. Enquanto que dois clássicos do início dos anos 70 aparecem em sua versão original: Eu quero é botar meu bloco na rua, de Sergio Sampaio e A Little More Blue, de Caetano Veloso.
A trilha de Cabra-cega é o terceiro trabalho em parceria de Fernanda Porto e Toni Venturi, e o primeiro para um longa-metragem de ficção. A parceria começou antes de a cantora estourar nas rádios, Fernanda já havia colaborado com o diretor no documentário "O Velho - A vida de Luiz Carlos Prestes".
Arte - A linguagem de Cabra-cega é moderna: câmara na mão; montagem rápida e fragmentada em elipses. A direção de arte de Chico Andrade, premiada em Brasília, procurou evitar estereótipos. "Nos preocupamos em ambientar a trama com elementos realistas. A maior parte das cenas foi filmada num apartamento de classe média em que móveis dos anos 70 convivem com outros dos anos 50, por exemplo, como costuma ser em qualquer casa", afirma Venturi.
Atualidade do tema - Por meio de uma história de amor, coragem e idealismo, Cabra-cega fala da resistência à ditadura militar no Brasil, tão poucas vezes vista nos cinemas. Apesar de seu caráter histórico, a película ganha viés cada vez mais contemporâneo à medida que o seu tema avança no noticiário.
Sinopse - Escondidos no apartamento do arquiteto Pedro (Michel Bercovitch) - num bairro tradicional de São Paulo - Thiago (Leonardo Medeiros) e Rosa (Débora Duboc), dois jovens militantes da luta armada, vivem o sonho e o pesadelo do projeto revolucionário. Eles vão perdendo a razão com os acontecimentos vertiginosos e incontroláveis daqueles tempos.
Thiago é o comandante de um "grupo de ação" de uma das organizações da ultra-esquerda brasileira, que enfrentou o poder militar. Ferido à bala em uma emboscada da polícia, é obrigado a se esconder na casa de Pedro.
Rosa, uma militante de base e filha de operário, é o contato de Thiago com o mundo, a vida e a fantasia. É também sua enfermeira. Mateus (Jonas Bloch), o dirigente da organização, trabalha incansavelmente para salvar o que restou dos seus quadros.
Estamos em setembro de 1971, a organização está debilitada e discute o abandono da estratégia armada. O projeto de derrubar a ditadura pela violência fracassou completamente.
Cabra-cega
(Brasil, 2004)
Direção: Toni Venturi
Com: Leonardo Medeiros, Débora Duboc, Jonas Bloch e Michel Bercovitch
Produção: Olhar Imaginário
Duração: 107 min
Estréia nos cinemas: 15 de abril, sexta-feira
Distribuição: Europa Filmes, M.A.Marcondes e Olhar Imaginário
Site: www.cabracega.com.br
Co-produção: Quanta, Estúdios Mega e Megacolor
Patrocínio: Petrobras, Ourocard, Santander, BNDES, SABESP, INFRAERO e BBDTVM
Apoio: Globofilmes, MINC-SAv / ANCINE, CPC-UMES, Prefeitura de São Paulo e Programa de Fomento do Estado de São Paulo
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Comentários
Sáryon (não verificado)
sex, 06/05/2005 - 15:26
Permalink
Brizola
Gostaria de saber o contato com Toni Ventiri. Tenho um material sobre Brizola, e gostaria de disponibilizar para ele. Se alguém puder ajudar seria ótimo!
Obrigado e estou aguardando as informações.
Sáryon.
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