Giro d'Italia - Savoldelli Campeao

É fato agora.

Paolo Savoldelli ganhou o Giro como haviamos comentado aqui no br.

O Giro desse ano foi lindo e de resultado totalmente inesperado na classificação geral, exceto por nós aqui do br.

Na batalha pelos sprints (melhor velocista) a coisa ficou mesmo entre o Erik Zabel (meu preferido dada sua competência, determinação e obstinação pela busca da excelência, com ou sem, normalmente sem, o devido suporte do time T-Mobile) e o Italiano Petacchi (Fassa Bartolo), Danilo Di Luca (Liquigas Bianchi), Paolo Bettini (Quickstep). Bettini levou a melhor nos pontos mas Petacchi e Zabel e que dispuram o sprint final em Milão com o italiano vencendo.

A última etapa foi bonita, em Milão, com os Aussies tentando aguar a cerveja do italiano Petacchi e de qualquer um que estivesse pretendento levar a etapa para um sprint final em massa (todo o pelotão disputando os 500 metros finais).

Matt White (time francês Cofidis) primeiro e depois Mathew Wilson (time francês Francaise de Jeux), tentaram o classico ataque nos kilometros finais ( o russo Ekimov era o mestre desse tipo de ataque nos anos 90, e com alto grau de sucesso) quando o pelotão se prepara para o sprint final organizadamente.

Funciona assim: os times de sprinters (dessa vez basicamente Fassa Bartolo do Italiano Petacchi, T Mobile de Zabel) se posicionam a frente para lancar o seu homem finalizador, e aí vem a surpresa pelo outro lado da pista em velocidade muito superior que desorganiza o pelotão, que então tem que neutralizar o ataque, isso leva tempo e pode dar para o homem chegar a linha final ( o bom e fazer isso na linha do kilometro final, antes do pulo final dos sprinters).

Muitas vezes da certo, hoje em dia cada vez menos dada a organização dos times. Mas vale sempre a tentativa para quem não tem um time lançador a sua disposição, 1700 watts de potência nas pernas depois de 200 Km de pedal em velocidade assustadora. Aí o negócio e tentar mesmo!

Na classificação geral, como haviamos dito aqui, o Gilberto Simoni tentou anular a vantagem do Savoldelli nas últimas montanhas da semana, especialmente na subida ao resort de ski de Sestriere dessa vez, diferentemente das vezes em que se "escala " no Tour de France, foi escaladado pelo lado italiano em uma montanha que jamais se usou em corrida antes, e cujos 8 Km finais são de saibro, como eram todas as montanhas do Tour, Giro, Vuelta nos anos do Fausto Coppi ( o maior idolo ciclistico da italia e dos maiores do mundo de todos os tempos, que atuou nos anos 40 e 50 ao lado do recem falecido Gino Bartali também italiano, outro mito), do Bahamontes lembrado aqui, ou do Julio Jimenez (outro grande campeão espanhol que vamos homenagear aqui doravante também).

Simoni chegou a diminuir para 15 segundos a vantagem de Savoldelli mas esse soube minimizar as perdas e garantiu a vitória final.

O prometido duelo entre as duas estrelas do ciclismo italiano e mundial do momento, Damiano Cunego e Ivan Basso, fica para o próximo ano, já que os dois não resistiram às três semanas de competição na Itália, chegando respectivamente em 18 e 28 lugares. Ou quem sabe vamos ver os dois com mais solidez no Tour de France em julho.

Eu aposto no Lance Amstrong para o Tour de France ainda.

Até a próxima.