Relatório Parcial da CPMI dos Correios e o Office dos deputados
Guto mandou o link para esta nota do e-agora com o download de uma apresentação em ppt com o resumo do relatório parcial da CPMI dos Correios.
É bem bacana. Vale baixar. Há detalhes das movimentações bancárias de empresas estatais e privadas, cruzamento entre os pagamentos, votações, trocas de partidos, etc.
Como o e-agora não disse de onde veio a apresentação fui dar checada. O arquivo de powerpoint foi criado por "Carlos Eduardo Lullis" que está na lista de consultores da Unidade Jabaquara da Moore Stephens do Brasil.
O powerpoint tinha que ser bonitinho mesmo... De acordo com o site do Senado, a consultoria externa tida como fundamental para desbaratar a quadrilha do mensalão não está saindo barata: R$ 1.716.000,00.
Contratos da empresa VILLAS RODIL com o Senado Federal
Contrato/Aquisição número CT20050148
Data de assinatura 22/11/2005
Data de publicação 24/11/2005
Vigência
Início: 22/11/2005
Final: 20/05/2006
Contratada
VILLAS RODIL G. F. AUDITORES INDEPENDENTES E MOORE STEPHENS C. T. DE INFORMAÇÃO LTDA.
CNPJ 01.209.285/0001-38
Objeto
Prestação de serviços de revisão das movimentações financeiras de pessoas jurídicas e físicas realizadas no país, para as CPMI dos Correios e Compra de Votos e a CPI dos Bingos.
Compra
Prestação de serviços de revisão das movimentações financeiras de pessoas jurídicas e físicas realizadas no país, para as CPMI dos Correios e Compra de Votos e a CPI dos Bingos.
Valor total R$ 1.716.000,00
Processo 016.602/05-6
Modalidade Dispensa
Programa de trabalho 01031055140610001
Unidade gestora SENADO FEDERAL
Empenho original 2005NE02710
BTW, o arquivo .ppt funciona sem problemas no OpenOffice 2.0...
O powerpoint não pode ser usado como desculpa para os deputados desperdiçarem nosso dinheiro comprando licenças do M$ Office, como informou o idgnow.
Alguns dos nossos valorosos, diligentes e mal remunerados deputados que nunca cederam ao lobby de grandes empresas que tem ou buscam ter negócios com o Estado brasileiro estão reclamando do software livre.
Algums parlamentares querem que mais dinheiro dos nossos impostos se encaminhem para o bolso do chairman Bill.
Segundo a Câmara, a adoção do OpenOffice trouxe uma economia significativa de recursos, porém ocasionou problemas no envio e recebimento de documentos de outros órgãos, além de exigir um investimento maior em treinamento.
Além disso, não é possível implantar o OpenOffice em todos os equipamentos da Câmara, em razão de limitações do software, dependência de determinadas aplicações e uso avançado de recursos do pacote da Microsoft.
É o caso, por exemplo, do deputado Júlio Lopes (PP-RJ). "Nós trabalhamos com Word no escritório no Rio. Não há compatibilidade entre os programas. Prefiro a funcionalidade do Microsoft Office", resumiu.
Explicações semelhantes foram fornecidas pelas assessorias de outros deputados, como Ivan Ranzolin (PFL-SC), Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Ricarte de Freitas (PTB-MT), Jorge Alberto (PMDB-SE) e Coronel Alves (PL-AP).
IMHO, não é crime ser ignorante em informática...
Parlamentares teoricamente não tem obrigação de saber usar um mouse. Os analfabetos digitais tb são cidadãos e merecem ser representados no Congresso.
Entretanto, o MEU voto vai para pessoas que se disponham a economizar o dinheiro do povo e incentivem o desenvolvimento tecnológico usando software livre.
Instale o OpenOffice e julgue vc mesmo se os parlamentares brasileiros devem gastar o nosso dinheiro comprando mais licenças do monopólio M$.
Cada cópia do "Office 2003 STD WIN PORT FULL" da Microsoft está custando R$ 1.399,00 no site da fnac...
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