Morrissey pede para fãs não comprarem relançamentos da carreira solo e dos Smiths
Vi no Register. O ex-líder dos Smiths e, IMHO, o autor das melhores letras de músicas dos anos 80, Morrissey, está cutucando de novo o vespeiro da questão copyright e grandes gravadoras.
De acordo com esta nota no fanzine True to You, o cantor pediu para as pessoas não comprarem os "boxed sets" com os singles da carreira solo dele em vinil que vão ser lançados pela EMI.
Morrissey justifica dizendo que nem sequer foi consultado e não ganha um tostão sequer de royalties da gravadora EMI desde 1992.
O cantor aproveita para desaprovar também o box com CDs dos Smiths da gravadora Rhino e os relançamentos dos Smiths em LP da Warner.
Morrissey would like it to be known that he has not been consulted by EMI/HMV/Parlophone with regards to two forthcoming boxed sets of Morrissey singles. Morrissey does not approve such releases and would ask people not to bother buying them. Morrissey receives no royalty payments from EMI for any back catalogue, and has not received a royalty from EMI since 1992. Morrissey also does not approve of, and was not consulted on, the Rhino box of Smiths CDs, or the Warner releases of Smiths LPs on 180 gramme vinyl. Morrissey last received a royalty payment from Warners ten years ago, and, once again, he would ask people not to bother buying the reissued LPs or CDs.
Não conheço muita coisa da carreira solo do Morrissey. Parei de ouvir Smiths na época do "The Queen is Dead", mas até hoje algumas músicas aparecem na minha cabeça em determinadas situações.
Por exemplo, toda vez que preciso interagir com gente cretina surge este trecho de "Heaven Knows I'm Miserable now".
In my life
Why do I give valuable time
To people who don't care if I live or die?
Talvez sirva de lição para todos os músicos que não entendem direito essa coisa de direitos autorais antes de assinar contratos com as gravadoras.
Hoje, as músicas que marcaram a adolescência de muita gente nos anos 80 no mundo inteiro não pertencem mais ao sujeito que criou.
Isso não é novidade... Em 1977, Frank Zappa brigou com a Warner e a gravadora se recusou a lançar o álbum quádruplo Läther.
Então, o músico transmitiu toda a obra na rádio KROQ de Pasadena com instruções para os fãs gravarem tudo.
Até a virada do século, as gravadoras ainda tinham poder para impor essas condições aos artistas, como explicou a cantora Courtney Love de maneira surpreendentemente lúcida em maio de 2000 neste discurso transcrito no salon.com.
Já se passaram 9 anos desde que a viúva do Kurt Cobain reclamou da ganância das gravadoras.
O Napster veio e foi. O iTunes veio, viu e venceu. Há montes de formas de divulgar criações de forma independente e vários modelos de negócio para tentar monetizar a produção..
Será que os músicos admirados pelos adolescentes de hoje vão pedir para os fãs boicotarem as gravações criadas por eles daqui a 20 anos?
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