Tour of Ireland / Lance Armstrong / Project RWANDA
O Tour da Irlanda disputado a partir de sexta feira 21 de agosto, tem tudo para recuperar o prestigio outrora vivido nos tempos em que Phil Anderson, Johan Vande Velde, Sean Kelly, Stephen Roche, Sean Yates disputavam a prova nos anos 80 e 90. http://www.tourofireland.ie/
Tem o americano Armstrong, o Adrien Niyoshuti de RWANDA (equipe MTN-ENERGADE) e a forte equipe COLUMBIA- HTC ( http://www.highroadsports.com/ )
Essa semana Armstrong disputa o Tour da Irlanda, um prova tradicionalíssima que faliu uns anos atrás e agora está de volta. O americano disputa agora provas que nunca disputou durante seu reinado de Tour de France, pois hoje, pedala de graça, sem salário, promovendo sua fundação LIVESTRONG.COM que luta pela cura do cancer no mundo. Daí ir hoje a corridas e partes do mundo que antes não eram importantes em sua agenda.
O Tour da Irlanda ainda trás outra grande atração também oriunda da iniciativa de dois ciclistas americanos não menos ilustres que o Lance.
Project RWANDA.
http://projectrwanda.org/
Já fazem algum anos, Jock Boyer, o primeiro dos americanos a competir na Europa, no Tour de France e outras provas importantes, precursor de Greg Lemond (vencedor de três edições do Tour, 86, 89 e 90), juntamente com a lenda Tom Ritchey, grande ciclista do time nacional do USA nos anos 70, também o primeiro Mountain Biker que se tem notícia, e hoje um dos mais renomados construtores de bicicletas e componentes de alto nível, começaram a prover bicicletas de carga e transporte para RWANDA, e paralelamente Jock se mudou para lá, RWANDA, afim de fomentar, promover e ensinar ciclismo aos jovens locais massacrados por guerras tribais, genocídios e fome.
Um dos resultados é a participação do ciclista Adrien Niyonshuti (equipe – MTN-ENERGADE), que emerge do projeto para o pelotão profissional europeu.
http://www.velonews.com/article/96857/rwandan-rider-niyonshuti-faces-a-new-future-at-the-tour-of
Esse projeto me agrada por dois aspectos:
1- é um projeto de inclusão social e racial, sem canetada de deputado ou senador populista ignorante e sem moral alguma, mas sim resultante de trabalho sério, seleção esportiva, baseada em resultados e treinamento
2- novamente a questão racial chama a atenção. Nunca vi um ciclista negro no pelotão europeu e se o cara der certo o esporte pode começar a interessar para grande parte da população do mundo que é negra. O esporte pode até crescer e tirar mais gente da miséria na Africa e em outros pontos.
Good Job Jock and Tom!!!
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