ChromiumOS Zero: impressão

O Slashdot destacou o lançamento do ChromiumOS Zero, uma versão do código-fonte do google compilada por um estudante britânico.

Instalação e download sem problemas. Basta ir até esta página e baixar um arquivo de 250 megas, descompactar, gravar a imagem em um cartão SD ou Pen drive e rebootar.

Eu usei o comando dd (como root, "dd if=ChromeOS-Zero.img of=/dev/sdb" - "/dev/sdb" é o leitor de cartões sd), mas há interfaces gráficas para realizar esta operação como o unetbootin e o usb-imagewriter.

BTW, a imagem descompactada tem 950 megas... ou seja, cabe em cartões SD ou pen drives de 1 GB.

O Chromium OS não é o Android . Não tem o objetivo de competir com distribuições Linux tradicionais, ruindows ou MacOS.

Não dá para instalar programas (ou apps), não tem terminal ou gerenciador de arquivos... Tudo é baseado no Chrome, o browser tb produzido pelo Google.

Editores de textos, planilhas, fotos, filmes e qualquer outra funcionalidade depende exclusivamente da disponibilidade de serviços on-line da "cloud", como o Google Docs.

O objetivo é ser simples e leve. Não há muitas configurações (dá para trocar o tema de fundo, acertar o relógio e registrar conexões wifi) e, como não dá para instalar nada, deve ser mais fácil de garantir a segurança de usuários menos experientes.

Para quem sabe o que faz, a vantagem é a velocidade de boot... Instalado em um cartão SDHC comum em um eeePC 1000h (Atom N270 e 2 gigas de ram), bootou em mais ou menos 15 segundos... veja o video improvisado abaixo.

Por enquanto, não dá prá fazer nada sem estar conectado na internet, pois a autenticação do login é feita diretamente nos servidores do Google.

Ou seja, não há contas de usuários locais. Qualquer pessoa com Google ID (endereço e senha do Gmail) pode se logar em qualquer computador com Chromium OS sem precisar criar um usuário antes.

Como os usuários não gravam arquivos locais, a privacidade de agendas, documentos e outros dados pessoais não é comprometida.

(((Talvez fiquem alguns arquivos de cache com dados pessoais em algum lugar, mas sem um terminal ou gerenciador de arquivos, apenas gente com conhecimento técnico mais sofisticado vai conseguir xeretar.)))

Bacana, mas gera uma dependência de uma conexão à internet o tempo todo. Do jeito que está, mesmo se coisas como o Google Gears funcionem perfeitamente (atualmente nem instala), não dá nem para anotar um telefone sem estar on-line.

Apesar de parecer estável (não testei por um longo período), acho que ainda falta chão para o Chromium se tornar viável no mercado de netbooks.

O produto talvez seja mais adequado para laboratórios de escolas e telecentros.

Criação de usuários, pastas compartilhadas, backups e outras tarefas típicas ficam por conta do Google e outros forncedores da "cloud".

Além disso, a molecada não vai conseguir instalar nada.

Mesmo que algum programa do mal apareça em alguma máquina, bastam 10 minutos para refazer a imagem do disco original...

Não é preciso buscar backups ou refazer configurações para cada cliente, já que não há nada armazenado localmente.... Network Computing não funcionou na época, mas faz algum sentido... ;)

O administrador da rede só vai precisar garantir que a conexão à internet esteja funcionando direito.

Aparentemente (não testei), o Chromium OS não é pesado, portanto dá para reaproveitar computadores mais antigos sem grandes perdas de desempenho.