Novos esquemas de licenças de uso da Microsoft
A Microsoft está realizando uma experiência no Brasil que pode ajudar a redefinir o modelo de negócio da mais poderosa empresa de informática do mundo.
A empresa de Bill Gates, em parceria com o provedor Terra, está cobrando uma taxa inicial de R$ 15 e R$ 29, 90 mensais pelo uso do Word, Excel, Outlook, PowerPoint e Access.
O "locatário" terá direito também de receber gratuitamente as novas versões dos softwares enquanto estiver pagando a mensalidade.
O sucesso do teste pode atenuar a polêmica causada pela nova política de preços e licenças de uso da Microsoft batizada de "Software Assurance", anunciada recentemente.
Uma série de artigos publicados no site da Ziff Davis, uma das maiores editoras de publicações sobre informática do mundo, afirma que a Microsoft estaria forçando seus clientes corporativos a comprar atualizações do pacote programas Office até 1o de outubro, quando começa a valer o "Software Assurance".
A nova política de preços prevê descontos para futuras atualizações apenas para quem tiver a nova versão: o Office XP.
Ou seja, os clientes que não substituírem suas versões atuais até o prazo imposto, terão que comprar tudo de novo como se nunca tivessem sido clientes da Microsoft.
De acordo com analistas, além de antecipar as receitas futuras nesses tempos de baixa nas ações de tecnologia, o "incentivo" para a atualização do Office XP também ajudaria na estratégia ".net" que pretende integrar todos os programas desenvolvidos pela empresa à Rede.
Com uma base instalada maior de softwares a Microsoft continuaria dominando os padrões do mercado (ver neonews 16/06/2000), perpetuando o poder que hoje está ameaçado pela popularização da Internet.
As especulações ganham mais sentido com a possibilidade de divisão da empresa devido à acusação de monopólio que corre na justiça americana.
Seria a última cartada da "grande Microsoft" antes de ser cortada em pedaços como foi feito com a AT&T há alguns anos.
De qualquer maneira, antes de investir em uma nova versão dos programas usados em sua empresa, avalie a real necessidade da atualização.
Verifique se os novos recursos oferecidos vão efetivamente aumentar produtividade de seus funcionários e se haverá necessidade de trocar também os computadores para usar os novos programas.
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