Novos CDs da Marisa Monte, pirataria e os direitos do consumidor

Vi no CrisDias.

Os tão aguardados novos lançamentos da Marisa Monte, "Infinito Particular" e "Universo ao meu Redor", trazem uma surpresa desagradável para os consumidores honestos que compraram honestamente os CDs.

De acordo com nota no boingboing, a EMI incluiu nos CDs um sistema de DRM (proteção contra pirataria) que enfia um software no computador do consumidor de difícil desinstalação, repetindo o procedimento que obrigou a Sony a pedir desculpas ao mundo no ano passado.

Além disso, o DRM incluído nos novos lançamentos da Marisa Monte impedem o uso dos CDs em computadores que não usam M$ Ruindows e a transferencia das músicas para iPods.

Brazilian mega-star Marisa Monte's new CDs from EMI ("Infinito Particular" and "Universo ao Meu Redor") come with DRM that can't be uninstalled, and requires you to "agree" to a contract that isn't published in Portuguese. Even if you disagree, the malware is installed. The DRM blocks you from playing the CD on Linux and MacOS, and from loading it onto an iPod.

A nota no boingboing destaca tb diversos problemas no contrato e instala o software da EMI mesmo que o consumidor decida não ouvir mais o CD no computador.

Finally, my favorite part. There are two buttons below the agreement. The first reads "Accept the Agreement" the second reads "Reject it". After reading all the above, I decided to reject it, and pressed the "reject" button. Immediately a screen with the word "Initializing" appeared, the proprietary software was installed, and the music started to play in my computer using the proprietary EMI player, as if I had "accepted" the whole thing.

Na minha modesta lógica, se as gravadoras quiserem continuar vendendo músicas gravadas em pedaços de plástico e alumínio deveriam oferecer um produto melhor que a pirataria.

Além disso, todo esse esforço que enche o saco do consumidor honesto é inútil. Como todas as proteções contra cópias de jogos, todos os sistemas de DRM vão acabar sendo crackeados...

No final da nota do boingboing já tem um link para baixar uma versão ilegal do "Infinito Particular" em bittorrent...

Aparentemente, é difícil para os executivos das gravadoras entenderem essa tal de internet, mesmo com o sucesso do iTunes... problema deles. Artistas de verdade podem facilmente distribuir músicas pela rede sem atravessadores.

Veja, por exemplo, as notas:

> Marillion dribla gravadoras e chega ao sétimo lugar da parada britânica

> Jobs, iTunes e o futuro da música

> Novo modelo para troca de músicas de maneira legal na Grã-Bretanha (esse pode funcionar)

> Opsound: mais um espaço para música livre

> Baixe legalmente o CD da Wired (inclui o Ministro Gil)

> London Calling: versão alternativa comemora os 25 anos do lançamento

> Um montão de links para audioblogs de todos os estilos musicais

De qq modo, o consumidor honesto não deveria ser penalizado pelas políticas desesperadas das gravadoras.

No mínimo, deveria existir um alerta nas embalagens informando que as músicas não podem ser ouvidas em mp3 players e computadores que usam Linux, MacOS, Bsd, etc.

Atualização:

HC disse que o CD "Universo ao meu Redor" toca no Totem (Gentoo para AMD64, Alsa, Gnome), mas não aparecem as descrições das músicas e no final rola "um puta ruído que parece ser leitura de dados".

Ele não ainda não tentou passar as músicas para um mp3 player... Quando rolar o resultado desse teste, informo aqui.

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