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Ontem a SCO revelou o nome da grande empresa que cedeu à chantagem legal pouco embasada contra os usuários Linux...

A Corel está preparando-se para lançar o pacote de programas para escritório WordPerfect Office 12 para concorrer com o M$Office. Segundo a C/Net, o pacote com o WordPerfect, Quattro Pro (há quanto tempo não ouço esse nome...) e um programa para fazer apresentações vai custar U$ 300, U$ 100 mais barato que o pacote equivalente da M$.

O escritor e ativista, Jeremy Rifkin, publicou no Guardian um artigo chamando a atenção para a falta de discussão profunda do desemprego causado pela subsitituição de gente por tecnologia. Rifkin diz que os empregos industriais estão rareando até na China...

Where have all the factory jobs gone? It has become fashionable, of late, to blame the high unemployment on companies relocating their production facilities to China. It is true that China is producing and exporting a far greater percentage of manufacturing goods, but a new study by Alliance Capital Management has found that manufacturing jobs are being eliminated even faster in China than in any other country. Between 1995 and 2002, China lost more than 15m factory jobs, 15% of its total manufacturing workforce.

... e a área de serviços segue o mesmo caminho.

Now the white-collar and services industries are experiencing similar job losses, as intelligent technologies replace more and more workers. Banking, insurance, and the wholesale and retail sectors are introducing smart technologies into every aspect of their business operations, fast eliminating support personnel in the process. The US internet banking company Netbank has $2.4bn in deposits. A typical bank that size employs 2,000 people. Netbank runs its entire operation with just 180 workers.

Rifkin não vê solução para a questão dentro da lógica de mercado (menos gente trabalhando => menos dinheiro circulando => menor crescimento). Acho a interpretação pessimista demais e um pouco um pouco limitada. Prefiro acreditar que o aumento de produtividade trará abundância sem depender do tipo de emprego criado na revolução industrial que está perdendo o sentido na era da informação.

O Guardian traz uma reportagem sobre o juiz iemenita, Hamoud Abdulhamid al-Hitar, que está em Londres à convite do governo britânico e organizações muçulmanas locais para mostrar o método dele para combater o terrorismo: o diálogo religioso.

A idéia é bem simples. Al-Hitar parte do princípio de que os militantes islâmicos não são más pessoas. São apenas gente com visões distorcidas do Islã que podem ser corrigidas com argumentos baseados no corão e nas palavras dos profetas. Por isso, quando convencidos dos próprios erros, não apenas não vão cometer crimes, mas tb vão ajudar a convencer outros radicais.

Tratando a causa e não o sintoma, Al-Hitar diz que o programa dele "recuperou" 90% dos militantes "tratados".

"We chose a group of these young people, and picked the most extreme and the best educated," Judge Hitar said. "They asked why we had come. We said it was to carry out a dialogue and our number one point of reference would be the Koran and the Sunna. "We told them: 'If YOU are right we will follow you, but if WE are right you should follow us'.
...
The secret of the dialogue's apparent success is that it confronts such views in Islamic terms, citing the Koran and other authorities that the militants respect. It makes use, for example of the constitution of Madina, established in the prophet's time, which protected the rights of Jews and other non-Muslims.

No auge das comemorações da Ashura, uma série de explosões coordenadas matou pelo menos 125 xiitas em Karbala e Bagdá. Não tava registrando os quase diários atentados no Iraque. Mas desta vez a coisa fugiu da rotina. Uma daquelas senhoras vestidas de preto gritou para a BBCWorld logo após as explosões: antes tínhamos covas comuns. Agora os mortos estão ao ar livre. Veja Asia Times.

Foi feio. Tão dizendo que além de suicidas, tb foram usados morteiros. O clima está bem ruim. Logo depois das explosões em Karbala, sobrou para jornalistas estrangeiros e até um peregrino xiita iraniano quase foi linchado...

O Osama está na ofensiva... Resta saber se é porque ele está encurralado no Paquistão (onde tb foram assassinados hj 36 xiitas durante as homenagens aos profeta Hussein, veja BBC) ou se a violência de hj é apenas a sequência natural do plano de incentivar uma guerra civil no Iraque.